Rubem Braga: um escritor combativo
Rio de Janeiro: Editora Booklink, 2013
223 páginas
R$ 34
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Vídeo: Estudo inédito sobre o cronista Rubem Braga
Rubem Braga: um cronista com dicção poética (ou com alma de poeta)
Lançamento do livro Rubem Braga: um escritor combativo
Lançamento de Rubem Braga: um escritor combativo
O cronista no front: a crítica social em Rubem Braga
O cronista no espelho
Ora, em cerca de seis décadas Rubem Braga denunciou, sempre com muita coragem e clareza de propósitos, as numerosas injustiças e os não menos numerosos descalabros políticos e sociais que em grande parte ainda nos acompanham e afligem. Combativo e antecipatório, nosso cronista nunca deixou de colocar os pingos nos is em assuntos da ordem do dia: regimes totalitários, conservadorismos, inclusive os religiosos, desmandos empresariais e outros crimes brasileiros. É uma “outra face do cronista lírico” que se desenha, isto é, o cronista político ou, por vezes, o escritor social franco-atirador. Uma “outra face” até hoje negligenciada talvez porque o próprio Braga se reconhecia sem ambições políticas: “Sou, eu por mim, um pobre repórter e cronista que vive de escrever e não tem a menor ambição política.” Conforme anota Carlos Ribeiro, “tais características da crônica bragueana parecem ser estranhamente desconhecidas por críticos e historiadores da literatura brasileira, que insistem em minorar ou mesmo negar o perfil combativo do velho urso.”
Paira sobre tudo isso a posição bem definida, e até certo ponto, determinante, que Rubem Braga teve na imprensa brasileira do século XX. Sim, porque toda a sua atuação foi marcada pela busca de um Brasil mais decente e menos ignorante de seus maiores problemas. Um país que Carlos Ribeiro soube aqui capturar “em constante estado de transformação” por meio do soberbo material que nos legou o repórter incansável e irônico que foi Rubem Braga.
André Seffrin
Rio, abril de 2013.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 1 – REVENDO BRAGA
1.1 UM OLHAR RENOVADO
1.2 OLHARES SOBRE O CRONISTA
CAPÍTULO 2 – O CRONISTA E SUA LINGUAGEM
2.1 UM ARTESÃO ILHADO
2.2 A CRÔNICA POR OUTROS ÂNGULOS
CAPÍTULO 3 – O CRONISTA E SEU TEMPO
3.1 CONTEXTO HISTÓRICO: AS ORIGENS
3.2 DESCRENÇA NA PALAVRA
CAPÍTULO 4 – FRENTES DE COMBATE: O CRONISTA NO FRONT
4.1 O TERRENO DAS BATALHAS
4.2 PRISÕES E ARBITRARIEDADES
4.2 CENSURA E PRIVILÉGIOS
4.3 CULTURA E COSTUMES
4.4 ÁRVORES E SIDERÚRGICAS